Presos em MG produzem até 400 caixas de legumes por mês

Se alguém lhe disser que um local em Minas Gerais produz 400 caixas de legumes e hortaliças mensalmente, além de plantas medicinais e aromáticas, você nunca imaginará que a pessoa está descrevendo a capacidade de produção de uma cadeia, onde trabalham 25 presos.

Pois é este o cenário do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Rúcula, alface, couve, repolho, espinafre, brócolis, erva-cidreira, capim-santo, hortelã e cebolinha são algumas das espécies cultivadas. Toda essa variedade vem das mãos de 25 presos.

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presos ganham uma forma de ressocialização

Do outro lado do muro, 30 mulheres fabricam calças e bermudas do uniforme do sistema prisional de Minas Gerais, que são encaminhadas para o Almoxarifado Central em Belo Horizonte. A produção chega a 2.250 peças por mês.

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Os detentos em atividades produtivas e de prestação de serviços não se resumem a estas duas atividades. O presídio tem atualmente 300 homens e mulheres, em trabalho interno e externos nas áreas de limpeza, manutenção e obras.

“Nasci no mato e no final do ano, quando me aposentar, volto para o campo. Esta horta é minha paixão e ela tem poderes para mudar a vida de muitos homens. Ninguém consegue passar por aqui e ficar imune a transformações”, diz o agente penitenciário José Francisco Pereira dos Santos, de 61 anos, que trabalha na unidade desde a inauguração, em 1999. É dele a responsabilidade de coordenar todo o trabalho.

Os alimentos são vendidos para a empresa fornecedora de refeições para o presídio, cuja capacidade é de 940 vagas e está com aproximadamente 2.100 presos. Em épocas de chuva, a água que escorre pelo telhado do depósito de ferramentas e é direcionada, por um encanamento, para um reservatório situado perto da estufa de mudas.

Via: Ciclo Vivo

Foto: Omar Freire/Imprensa MG

Pode respirar fundo! Confira quais são os 10 países menos poluídos do mundo

Apenas 12% de todas as pessoas do planeta respiram um ar de boa qualidade, segundo um estudo sobre poluição nas cidades divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Onde estão esses privilegiados? A maioria integra um grupo seleto de apenas dez países onde a concentração de poluentes na atmosfera é menor que o limite padrão considerado seguro para a saúde.

Na líder Islândia, um dos países mais verdes do mundo, a concentração média de partículas de poeira em suspensão é de 9 microgramas por metro cúbico (mg/m³), menos da metade do considerado seguro pela OMS, de até 20 mg/m3.

Com base em dados fornecidos por 91 países, a pesquisa avaliou a concentração nos meios urbanos das chamadas PM10, partículas inaláveis compostas por substâncias como dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, ozônio e chumbo.

A média mundial dessas partículas, liberadas pela queima de combustível fóssil e carvão para energia, é de de 71 mg/m3.

Confira a lista completa: http://cf.datawrapper.de/0UTKI/2/

No Brasil, segundo dados da entidade, a concentração média de poluentes em suspensão no ar é de 40 microgramas por metro cúbico (mg/m³), o dobro do nível considerado seguro.

O cenário fica mais cinzento quando chegamos às nações mais pobres. No Paquistão, a concentração de poeira nociva em suspensão no ar ultrapassa em 14 vezes o considerado seguro pela OMS.

Via: Exame

Imagem destacada: Getty Images

Conheça a comunidade 100% autossuficiente que está fazendo sucesso mundo afora

O meio ambiente recebe muitas agressões da humanidade. Para reverter a situação, existem duas saídas: reduzir o consumo de energia ou tornar a nossa comunidade autossuficiente.

A segunda opção está sendo estudada pelo escritório de arquitetura EFFEKT. O projeto planeja construir ecovilas independentes, chamadas de ReGen Villages, que não precisam do sistema (principalmente de energia) para se sustentar.

Essas comunidades possuem  uma série de tecnologias inovadoras: geração e armazenamento de energia limpa, gerenciamento de resíduos orgânicos e recicláveis, gestão responsável de água e sistemas de reutilização de recursos, além de produção em alta escala de alimentos orgânicos por meio de jardins verticais e sistemas aquapônicos, entre outros benefícios.

“Os moradores da vila desenvolvem um sentido de comunidade, em que as pessoas se tornam parte de um ecossistema local compartilhado, reconectando-se com a natureza”, explica o site da iniciativa.

Com apenas 25 casas, a primeira comunidade do tipo ficará sediada em Almere, na Holanda. Se comprovada a eficácia do projeto, ele poderá ser replicado em cidades do mundo todo! Outros países como Dinamarca, Suécia, Noruega, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Grã-Bretanha já mostraram interesse.

Via: Razões Para Acreditar

Projeto recupera tartaruga de espécie extinta há 150 anos

Considerada extinta há 150 anos do Arquipélago de Galápagos, no Equador, uma espécie de tartaruga gigante será reproduzida em cativeiro depois de estudos confirmarem que animais achados na última década têm parentesco com a espécie.

O programa de reprodução, que inclui 32 tartarugas, das quais 19 são descendentes da espécie Chelonoidis niger, “permitirá, a médio prazo, repovoar a ilha Floreana (no sul do arquipélago)”, segundo informou o Parque Nacional Galápagos (PNG).

A espécie Chelonoidis niger, antes conhecida como Chelonoidis elephantopus, foi dizimada por caçadores de baleias, que usavam os animais como alimento. Para aliviar a carga dos barcos, eles abandonavam tartarugas vivas no mar próximo à ilha Isabela (a 180 quilômetros de Floreana), pois aquele era o último ponto de parada antes de entrar em mar aberto.

O deslocamento dos animais causou a extinção da espécie de sua ilha de origem, mas permitiu que agora apareçam exemplares na ilha Isabela, vizinha, com carga genética parecida.

O programa de reprodução em cativeiro desta espécie ajudará a “repovoar a ilha (Floreana) com tartarugas não ‘puras’, mas com altíssima influência de sua própria espécie”, disse Washington Tapia, diretor da iniciativa para a Restauração das Tartarugas Gigantes.

Pesquisadores do PNG e da organização Galápagos Conservancy fizeram duas expedições – em 2008 e em 2015 – para coletar amostras de sangue das tartarugas. Foram analisadas geneticamente 150 animais.

O trabalho de reprodução e a descoberta são “um grande desafio” porque “significa devolver a Galápagos ecossistemas saudáveis que tenham a capacidade de seguir produzindo benefícios”, declarou Walter Bustos, diretor do parque.

Laboratório. O Arquipélago de Galápagos é Patrimônio Natural da Humanidade desde 1979. O local serviu de laboratório ao naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria sobre a evolução das espécies em meados do século 19.

Via: Estadão Sustentabilidade

Foto: Diego Bermeo / Parque Nacional de Galápagos

Governo suspende permissão para exploração mineral em área de reserva

Após a polêmica envolvendo a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), o governo recuou e determinou a paralisação de todos os procedimentos relativos à atividade de mineradoras na área localizada entre o Pará e o Amapá. Na prática, a decisão não revoga o decreto assinado pelo presidente Michel Temer, mas suspende, por ora, a permissão para que a exploração mineral avance sobre a região amazônica.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 31, o Ministério de Minas e Energia afirma que a decisão foi tomada pelo ministro Fernando Coelho Filho após consultar Temer, que está em viagem à China. “A partir de agora o ministério dará início a um amplo debate com a sociedade sobre as alternativas para a proteção da região. Inclusive propondo medidas de curto prazo que coíbam atividades ilegais em curso”, diz o texto.

 Esse foi o primeiro recuo do governo em relação ao tema. No início da semana, o Palácio do Planalto tentou criar uma cortina de fumaça reeditando o decreto, mas não mudou efetivamente nada do texto.  O debate sobre a Renca tem sido prejudicado por uma série de informações equivocadas,  como o que dava a ideia de que as reservas ambientais da região seriam o alvo da mineração, quando isso já é proibido por lei e não era alvo do decreto inicial.

Via: Estadão Sustentabilidade

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

HP divulga seu Relatório de Sustentabilidade 2016

Sustentabilidade é um assunto de grande relevância nos dias atuais. Práticas e políticas que visem o respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável têm crescido no âmbito pessoal e empresarial.

Apesar de ser um conceito sistêmico, podemos citar diversas ações diretamente ligadas a sustentabilidade, como, o uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia. Além de atitudes voltadas para o desenvolvimento social, como inclusão, solidariedade, entre inúmeras outras ações.

Cientes de sua responsabilidade socioambiental, empresas de todos os portes e segmentos desenvolvem práticas ligadas a sustentabilidade, visando a construção de um mundo melhor e mais saudável para as gerações futuras.

Seguindo este exemplo, a gigante americana HP, parceira de longa data da IT Universe Tecnologia, divulgou seu Relatório de Sustentabilidade 2016. Dentre as conquistas sustentáveis da empresa estão: 119.900 toneladas de hardware e suprimentos reciclados e a reparação de 5.05 milhões de unidades de hardware. Além disso, a empresa alcançou seu objetivo de zero desmatamento para a produção do papel da marca HP.

No âmbito social a HP ajudou a melhorar as condições de trabalho e de vida de centenas de haitianos (incluindo 300 crianças) ao fazer cartuchos de tinta a partir de garrafas de plástico reciclado coletadas no Haiti.

Não parando por aí, os objetivos são grandes: reciclar 1,2 milhão de toneladas de ferragens e suprimentos de 2016 a 2015 e reduzir a intensidade das emissões de gases de efeito estufa da carteira de produtos em 25% até 2020, em comparação a 2010.

Neste link você tem acesso ao Relatório de Sustentabilidade HP 2016 completo (em inglês)

Clique neste link e neste link para conhecer melhor as ações socioambientais da IT Universe e como a empresa contribui para a construção de um mundo melhor.

 

Fontes: HP e Sua Pesquisa

Projeto propõe edifício de madeira coberto por árvores

Em parceria com a empresa canadense Timber, o escritório Penda, com sedes na China e na Áustria, idealizou o projeto de um arranha-céu residencial em Toronto que será construído com uma estrutura modular feita basicamente de madeira laminada cruzada. Com 62 metros de altura e 18 andares, o prédio é tido como um novo modelo de arquitetura sustentável.

Batizado de Toronto Tree Tower, o edifício é mais uma das iniciativas canadenses em priorizar a construção de arranha-céus em madeira, aproveitando os créditos significativos (que variam de 10% a 20% do financiamento total) disponibilizados pelo governo do Canadá para projetos que ultrapassem os índices da chamada “pegada de carbono”, que mede a quantidade de dióxido de carbono que produzido diariamente.

“Nossas cidades são uma montagem de aço, concreto e vidro. Se você atravessar a cidade e de repente ver uma torre de madeira e plantas, ela criará um contraste interessante. A aparência quente e natural da madeira e as plantas que crescem em sua fachada tornam a vida útil e isso pode ser um modelo para desenvolvimentos amigáveis ​​para o meio ambiente e extensões sustentáveis ​​de nossa paisagem urbana “, afirma Chris Precht, sócio da Penda.

O projeto conta com 4.500 metros quadrados de área residencial, juntamente com 550 metros quadrados de espaço público, incluindo um café, uma creche infantil e oficinas comunitárias. O método de construção com painéis CLT pré-fabricados permitirá que o edifício seja construído de forma mais rápida e com menos resíduos em comparação com as técnicas tradicionais de construção.

Os terraços suportarão grandes sistemas de vegetação, que vão desde hortas e pomares, a jardins com arbustos e até árvores, o que ajudará no resfriamento do prédio e ainda oferecerá privacidade aos moradores.

 

Artigo publicado originalmente em Casa Cláudia

Fotos: Reprodução/Dezeen

Responsabilidade socioambiental compartilhada: Você sabe o que é TI Verde?

Tecnologia da Informação Verde do inglês Green IT é uma tendência global voltada para o impacto dos recursos tecnológicos na natureza. Entre seus princípios estão a utilização de recursos de TI que consumam menos energia e o uso de matéria prima e substâncias menos tóxicas na fabricação e que permitam a reciclagem e reutilização.

O TI Verde engloba o cumprimento da legislação ambiental e diagnósticos dos impactos ambientais das atividades de tecnologia. Nesse processo há uma série de aspectos a serem levados em consideração, como a utilização de arquiteturas e processos que permitam uma maior vida útil e também facilitem o desmonte dos equipamentos ao fim da operação.

Dentre os programas de responsabilidade ambiental voltadas para a área de TI, destaca-se o homônimo Green IT lançado pela Furukawa Eletric LatAm, em 2007. O programa dá destino certo para toneladas de resíduos de cabos substituídos pela modernização das redes de comunicações nas empresas.

Green IT é uma solução sustentável que recolhe as sobras de produtos de cabeamento estruturado, como cabos UTP, eletrônicos e de energia, independente do fabricante. Depois de coletados, os resíduos são transformados em matéria-prima para uso em outros processos produtivos.

Atualmente, o destino do PVC contido nos cabos pode ser o lixo comum ou a queima.  Quando queimado, o PVC libera quantidades danosas de Cromo (Cr), Cloro (CI), Ácido Clorídico (HCI), Chumbo (Pb), Cádmio (Cd) e Dióxidos. 40% do chumbo e 50% do cromo vão para a atmosfera e o resto é depositado no solo.

Desta forma, o programa Green IT da Furukawa protege o ambiente de materiais nocivos à natureza e à saúde humana, além de economizar energia e recursos naturais e garantir a diminuição da utilização de recursos não renováveis.

As empresas participantes do programa Green IT compartilham a responsabilidade socioambiental e recebem o “Selo Verde” da Furukawa.

Este é o caso da IT Universe Tecnologia, empresa conceituada no mercado de TI, que além de entregar soluções tecnológicas de valor, contribui significativamente para implantar as melhores práticas para a sustentabilidade.

 

Se você quer saber mais sobre o programa Green IT da Furukawa e conferir o passo-a-passo do procedimento operacional acesse esse link.

 

Com informações: Furukawa

 

China inaugura fazenda de energia solar em forma de panda

A maioria das fazendas solares alinha seus painéis solares em linhas e colunas para formar uma grade.

Uma nova usina de energia solar em Datong, na China, decidiu diversificar em relação ao design. A China Merchants New Energy Group, uma das maiores operadoras de energia limpa do país, construiu uma fazenda solar de 100 hectares na forma de um panda gigante.

A primeira fase, que inclui uma planta de 50 megawatts, foi concluída em 30 de junho, de  acordo com a revista PV. O projeto começou a entregar energia para o noroeste da China, e um segundo panda está planejado para o final deste ano.

Chamado a Panda Power Plant, poderá produzir 3,2 bilhões de quilowatts-hora de energia solar em 25 anos, de  acordo com  a empresa.

Isso eliminará aproximadamente um milhão de toneladas de carvão que seria usado para produzir eletricidade, reduzindo as emissões de carbono em 2,74 milhões de toneladas.

A China Merchants New Energy Group trabalhou com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para tornar a Panda Power Plant uma realidade.

O projeto faz parte de um esforço maior para aumentar a conscientização entre os jovens na China sobre energia limpa, segundo o PNUD escreveu em um comunicado. O grupo espera construir mais plantas solares em forma de panda em toda a China nos próximos cinco anos.

 

Publicado originalmente em Climatologia Científica

Fotos: Divulgação

Segundo pesquisa, somente 9% do plástico produzido pela humanidade foi reciclado

Uma nova pesquisa mostra que o ser humano produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico, desde o início a produção em massa desse material, em 1950, até 2015. A maior parte já virou lixo e quase 80% do material está agora em aterros sanitários ou no meio ambiente.

O estudo, publicado na revista Science Advances, foi liderado por cientistas das universidades da Geórgia, da Califórnia e da organização oceanográfica Sea Education Association (SEA) – todas dos Estados Unidos. Segundo os autores, a pesquisa faz “a primeira análise global da produção, uso e destino de todo o plástico já fabricado”.

Das 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas até 2015, cerca de 6,3 bilhões já foram descartados.  De todo esse lixo, apenas 9% foi reciclado, 12% foi incinerado e 79% está acumulado em aterros ou poluindo o ambiente natural.

O estudo também mostra que a produção de plástico acelerou nos últimos anos: metade da produção de 8,3 bilhões de toneladas ocorreu nos últimos 13 anos do período estudado, isto é, entre 2002 e 2015.

Nesse ritmo, segundo os cientistas, a quantidade de plástico jogada em aterros ou no ambiente chegará a 13 bilhões de toneladas até 2050. A quantidade atual, em 2017, é estimada em 9,1 bilhões de toneladas.

“A maior parte do plástico não é bidegradável em nenhum sentido, portanto o lixo plástico gerado pelos humanos poderá permanecer conosco por centenas ou até milhares de anos”, disse uma das autoras do estudo, Jenna Jambeck, professora da Universidade da Geórgia.

Para realizar a pesquisa, os cientistas compilaram estatísticas de produção de resinas, fibras e aditivos de diversas fontes industriais e sintetizaram os dados de acordo com tipo e setor de consumo.

Segundo o estudo, em 1950, a produção de plástico era de 2 milhões de toneladas anuais. Em 2015, ela já era de 400 mihões de toneladas por ano. Com isso, dizem os cientistas, o plástico ultrapassou vários outros materiais no ranking dos mais produzidos pela humanidade. Atualmente, os mais produzidos são os materiais relacionados à construção civil, como aço e cimento.

Os cientistas afirmam, porém, que o aço e o cimento são usados principalmente para construção, enquanto o plástico tem seu maior mercado nas embalagens, que na maior parte das vezes são utilizadas uma só vez e descartadas.

“Mais ou menos metade de todo o aço que é produzido vai para a construção, e por isso terá décadas de uso. Com o plástico acontece o contrário. Metade do que é produzido se torna lixo com quatro anos ou menos de uso”, disse o autor principal da pesquisa, Roland Geyer, também da Universidade da Geórgia.

Segundo Geyer, o estudo tem o objetivo de criar os fundamentos para uma gestão sustentável de materiais. “Dito de forma simples, não é possível fazer a gestão do que não foi medido. Então, achamos que as discussões sobre políticas públicas ficarão mais informadas e baseadas em fatos agora que temos esses números”, disse Geyer.

Plástico nos mares e oceanos

A mesma equipe de pesquisadores publicou em 2015, na revista Science, um estudo que calculou a quantidade de plástico no ambiente marinho. A estimativa é de que só no ano de 2010, mais de 8 milhões de toneladas de plástico foram jogadas nos oceanos.

“Existe gente viva atualmente que ainda se lembra de um mundo sem plástico. Mas esse material já se tornou tão onipresente que não conseguimos ir em lugar algum sem encontrar lixo plástico no ambiente, incluindo os oceanos”, disse Jenna.

Os autores do estudo destacaram que não têm a pretensão de remover o plástico do mercado, mas de incentivar um exame mais crítico do uso do material.

“Há áreas nas quais o plástico é indispensável, especialmente em produtos desenhados para a durabilidade. Mas acho que precisamos olhar com mais cuidado para o nosso caro uso dos plásticos e devemos nos perguntar quando o uso desses materiais fazem ou não fazem sentido”, afirmou outra das autoras do estudo, Kara Lavender Law, da SEA.

Via: Estadão Sustentabilidade

Imagem: Tiago Queiroz / Estadão