Fazer o que gosta ou gostar do que faz?

“Escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida. ” – Confúcio

Será?

Fazer o que gosta como forma de trabalho e de “ganhar a vida” é um dos maiores objetivos de qualquer pessoa. Desde a infância somos incentivados a buscar nossos sonhos, mas nem sempre conseguimos ir atrás do que realmente sonhamos, não é mesmo? E o que podemos fazer quando isso acontece?

Ontem, dia 08 de agosto, tive o prazer de participar da Palestra do Bispo Iranildo Souza, na ABADS – Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (antiga Pestalozzi de São Paulo). Instituição que a IT Universe realizou a doação de computadores e que ainda necessita de apoio para seguir com o dedicado trabalho em um ambiente excelente e com profissionais que realmente AMAM o que fazem. Para quem ainda não conhece, precisa conhecer! A ABADS é um exemplo de GENTE QUE GOSTA DO QUE FAZ!

Viviane SaccomandiA palestra tratou da inspiração, dedicação, se doar e amar o que faz ou o que se está fazendo. Mas o que acontece quando você está na contramão de seus sonhos? O que fazer?

Devemos buscar sim, incessantemente, a realização de nossos sonhos, mas num determinado momento de nossas vidas, os compromissos se acumulam e descobrimos que o sonho de se tornar um bombeiro ou uma bailarina, não será facilmente atingido. E talvez seja nesse momento que a remuneração ou o medo de não conquistar os objetivos materiais faz com que a pessoa acabe buscando qualquer coisa apenas para conseguir “seguir a vida”, e é nesse ponto que infelizmente começamos a ouvir as notícias como “Cuidadora bate em idosa com Alzheimer”, “Funcionária é flagrada agredindo criança em creche” e assim por diante. Essas pessoas não gostam do fazem, não querem gostar e infelizmente, por um acaso recebem oportunidades onde não deveriam estar, e por falta de estrutura acabam cometendo esses atos.

A maturidade deve nos ensinar a gostar do que fazemos. Uma pessoa realmente madura, mais do que buscar fazer o que gosta, aprende a gostar do faz. Nesse ponto temos o exemplo de Renato Luiz Feliciano Lourenço, conhecido como Renato Sorriso. Você já deve ter escutado sobre ele, não é mesmo? De origem humilde, escalado para trabalhar pela primeira vez na limpeza da Marquês de Sapucaí durante o Carnaval de 1997, mal sabia ele que esse dia mudaria toda a sua vida. Na hora do desfile, ao invés de varrer a pista por onde passavam as escolas, embalado no calor do momento, ele começou a sambar com a sua vassoura na mão. O inusitado passista caiu nas graças do público, que ficou cativado com tamanha alegria e entusiasmo. Essas mesmas características hoje se tornaram sua marca registrada e explicam o nome pelo qual o gari ficou conhecido, conheceu o mundo, participou de grandes eventos e, hoje, terminou sua primeira faculdade.Viviane Saccomandi Bispo Iranildo Souza ABADS presidente da ABADS Rose Amorim, Joyce Henriques (coordenadora clínica)

Ex-faxineiro, ex-camelô, ex-diarista, ex-vendedor de cachorro quente, Renato conta que passou a gari porque, sem instrução, não conseguia emprego melhor. Sim! Ele não sonhou em ser gari, mas foi com a vassoura que ele teve a oportunidade de conhecer seis países, ser um dos destaques da comitiva brasileira no encerramento das Olimpíadas de Londres, em agosto passado, e segurar a Tocha Olímpica. Renato pode não ter passado a vida em busca de trabalhar com o que amava, mas quando a oportunidade chegou, ele se entregou, dedicou, aprendeu a amou o que fazia.

 A pessoa madura aprende a enxergar o lado positivo do seu emprego, do seu trabalho, da sua profissão. Tem consciência que se não estiver feliz onde está, necessita buscar outra forma de se sustentar.  Além de buscar seu trabalho dos sonhos é preciso se empenhar em conhecer novos horizontes. Ninguém ama o que não conhece, e uma nova experiência pode plantar a semente de uma nova vocação. Pense nisso! Afinal, viver é trabalhar. Em um dia de 24 horas, pelo menos 12 horas são dedicadas ao trabalho (condução + carga horária), isso representa 50% do seu dia. Dos 7 dias da semana, 5 são trabalhado. Dos 30 dias do mês, 22 são de trabalho e dos 12 meses do ano, 11 são de trabalho. Você viverá todo esse tempo infeliz?

Então, se você ainda não conquistou seu sonho, não desista! Concordo com o ideal dessa busca. Entretanto, na trajetória para conquistar seu objetivo, não aceite fazer coisas que lhe deixam infeliz, reclamando da vida, das pessoas, da condução e etc. Mude, mude quantas vezes forem necessárias para estar no mínimo satisfeito com o que você está fazendo agora. É maravilhoso trabalhar com algo que se tem vocação, infelizmente, não são todos que conseguem alcançar esse objetivo. Em um momento da vida é realmente preciso gostar do que faz e buscar a felicidade na dedicação, aprendizado e comprometimento ao que se está fazendo.

Pense nisso e inspire-se com as fotos dessas pessoas que amam com todas as forças o que fazem! Seja feliz, esteja feliz e ajude o próximo você também! O universo agradece!

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