Carnaval é sinônimo de festa, e é claro, de glitter e purpurina. Mas, a presença desses microplásticos tem preocupado os ambientalistas, atentos ao escoamento do material no mar, onde o produto demora séculos até se decompor.
Ecologistas pedem para que os foliões evitem usar os adereços que levam brilho à festa. Uma pesquisa publicada em 2015 na revista “Nature” estimou que cerca de 8 milhões de toneladas métricas de plástico chegam anualmente nos oceanos.
Os microplásticos são do pior tipo possível. Por conta de seu tamanho, é praticamente impossível recolhê-los e, por essa razão, eles somam 85% de todo o plástico encontrado na natureza. Nas águas, os plásticos costumam matar peixes, tartarugas e outros seres, que os ingerem confundindo com comida. O glitter e a purpurina são ainda mais maléficos: podem ser engolidos pelos seres mais diminutos até os do topo da cadeia alimentar.
Cláudio Gonçalves Tiago, pesquisador do Centro de Biologia Marinha (Cebimar-USP), também afirmou que os microplásticos podem atrapalhar a obtenção de alimentos para os organismos.
O biólogo recomendou evitar usar glitter e purpurina. “É uma poluição desnecessária, assim como o rojão é desnecessário, por causa da poluição sonora. Na verdade, acho que nós não fazemos muito bem ao meio ambiente”, disse.
Para a felicidade de todos nós, existe um glitter biodegradável. Neste link, é possível comprar o material (o site entrega para diversos países do mundo).
Via Catraca Livre e PEDRA